Nova resposta da Santa Casa terá 27 camas e já recebeu os primeiros utentes, que mereceram a visita da provedora da instituição e do ministro da Saúde, além de dois secretários de Estado.
Foi ontem inaugurada a Residência Temporária de Sant’Ana, uma resposta da Santa Casa para acolher pessoas em situação de internamento social, vindas de unidades do Serviço Nacional de Saúde.
O equipamento fica situado no Hospital Ortopédico de Sant’Ana e logo no primeiro dia acolheu dois utentes, que mereceram a visita de Ana Jorge, provedora da Misericórdia de Lisboa, e Manuel Pizarro, ministro da Saúde. Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, e Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, também integraram a comitiva que percorreu a nova ala.
Esta nova resposta da Santa Casa resulta de um protocolo assinado com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com o Ministério da Saúde, e terá 27 camas, recebendo utentes que já tiveram alta clínica, mas não têm condições ou família disponível para regressar a casa, permanecendo nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Aproveitando a época natalícia, Ana Jorge sublinhou que a residência constitui “um presente de Natal às pessoas que o SNS e a Santa Casa têm a obrigação e missão de cuidar”.
"Desta forma, a Santa Casa consegue dar expressão a mais uma das boas causas, indo buscar os retidos nos hospitais. Não é uma residência permanente, é algo intermédio para depois tentarmos encontrar uma solução definitiva para estas pessoas. Não é apenas uma questão social. São pessoas muito frágeis e vulneráveis, que precisam de acompanhamento e esse é o grande desafio que temos neste momento: há muitas pessoas destas em que a família já não existe ou não quer existir e que aguardam que alguém os possa acolher", acrescentou a provedora.
Por seu lado, a secretária de Estado da Inclusão realçou a abertura da residência "em tempo recorde".
"Muito obrigado à Santa Casa por estas 27 camas, que serão muito úteis, e por este acolhimento ímpar nestas instalações de excelente qualidade", referiu Ana Sofia Antunes.
Por fim, tomou a palavra Manuel Pizarro para explicar que a nova Residência Temporária de Sant'Ana "permite humanizar os cuidados às pessoas e aliviar a pressão sobre o SNS".
"Um hospital não é o sítio próprio para as pessoas permanecerem durante meses, não apenas porque não é o sítio adequado para elas, mas também porque precisamos dos lugares para ir acolhendo as pessoas que todos os dias nos procuram. Uma palavra muito especial aos profissionais que aqui vão trabalhar, porque este trabalho exige conhecimento técnico, empenho e coração", terminou o ministro da Saúde.